A cozinha portuguesa é surpreendentemente rica. Isso já todos sabemos. Qualquer que seja o tipo de prato, a nossa gastronomia oferece várias opções de excelência. Mas e se tivéssemos de escolher um prato salgado e outro doce que estejam profundamente arraigados no paladar das poluções?
Francesinha
Acreditamos que não há qualquer português que nunca tenha ouvido falar da francesinha. Na verdade, muito poucos nunca experimentaram esta iguaria do Norte.
É simplesmente inegável que a francesinha é uma verdadeira bomba calórica, mas é um prato que faz
as delícias de incontáveis portugueses, os quais, pelo menos ocasionalmente, não conseguem resistir a apreciar esta ímpar comunhão de sabores.
Se quer provar uma francesinha de qualidade incomparável deve ir ao Porto. Ou pelo menos, procurá-la na região norte. Imagine uma simples sandes de queijo e fiambre. Agora tente idealizar como seria o conceito levado ao extremo.
Não pense mais. O expoente máximo é nada menos do que a francesinha. A quantidade de queijo é mais do que triplicada. E nem vale a pena começarmos a falar da quantidade de enchidos. Digamos apenas que o resultado final é, no mínimo, de encher a barriga. Em cima de tudo, falta espalhar o famoso molho.
Ao longo dos tempos, incontáveis restaurantes, tascas e bares no país, desde os pontos gastronómicos de baixo custo às alternativas de calibre gourmet, têm ajustado a receita da francesinha ao seu menu. Acredite no que dizemos. Ao todo, de norte a sul de Portugal,existem dezenas ou centenas de versões da francesinha dignas de experimentar.
Arroz doce
De uma bomba calórica salgada passamos a uma bomba calórica doce. É verdade, os portugueses têm um carinho especial por pratos bem sustentáveis. Felizmente, a maioria não os come regularmente. Por isso, quando são servidos, é como se fosse dado o apito para celebrar com a família e os amigos.
O arroz doce é um desses pratos que invocam um sentimento familiar, reconfortante, comemorativo e intemporal. No fundo, português. De facto, ninguém pode contestar que a autoridade nacional no que toca à arte de fazer um belo arroz doce são as avós lusitanas.
Praticamente em cada região de Portugal, há uma variação típica da receita de arroz doce, muito à semelhança do que se passa com a francesinha. No entanto, um ponto é universal: a consistência deve ficar similar à de um pudim. Geralmente, os apreciadores preferem que se use limão na cozedura e que, no final, o arroz seja polvilhado com canela.
O arroz doce é uma iguaria que alcança um equilíbrio memorável e harmonioso entre sabor, fragrância e textura. À primeira colherada, o corpo enche-se de conforto.
Admita. Já está cheio de vontade de ter uma bela francesinha ou um delicioso arroz doce à sua frente.